27.1.07

NOVAMENTE O "PAPÃO" DA VENDA LIVRE

Lá voltaram novamente os farmacêuticos ao ataque. Com a possibilidade de ser vendido determinados medicamentos chamados de "venda livre", em bombas de gasolina, os farmacêuticos através da sua associação representativa, voltaram a falar nos problemas de saúde pública que daí podem advir.
Os grandes problemas que eu vejo, têm a ver com o facto de muitos desses medicamentos serem vendidos à "pazada" pelas farmácias, que passaram a deixar de contar com estes lucros em exclusivo.
Eu sempre que me desloquei a uma farmácia para comprar um comprimido para as dores de cabeça ou febre, por exemplo, nunca me chamaram a atenção para não tomar todos de uma só vez, assim como quando me informam da forma de efectuar as tomas, limitam-se a dizer o que já está escrito por obrigação no folheto do medicamento, não me perguntando se eu sou alérgico ou não a determinadas substancias.
Acho muita graça aos senhores farmacêuticos, que transformam as suas farmácias em autenticas montras de produtos que nada têm a ver com medicamentos ( tendo lucros muito superiores ) e que quando se tenta fazer com que mais pessoas possam ter acesso a custos menores a medicamentos de venda livre se ponham em bicos de pés a reclamar para eles o monopólio do comércio.
Já foi uma vergonha o que aconteceu com o inicio da venda em grandes superfícies e lojas, com os farmacêuticos a pressionar os distribuidores para não fazerem entregas. Não que estivesse em causa a saúde pública, mas sim a saúde das suas carteiras.
Não vejo problema nenhum em venderem uma aspirina numa bomba de gasolina, até acho bom, pois ao preço a que os combustíveis estão, nem temos tempo de ir à farmácia.

2 Comments:

At 11:43 da tarde, Blogger L u i s P e s t a n a said...

Aqui está a chave da questão, e foi muito bem visto, nunca me tinha apercebido:

"...transformam as suas farmácias em autenticas montras de produtos que nada têm a ver com medicamentos..."

 
At 1:56 da tarde, Blogger kota said...

Caro Luis,
para mim é uma vergonha que se sirvam do facto de estarem autorizados a vender medicamentos, tendo por isso um estatuto junto do público de maior credibilidade, para "impingirem" outros produtos por vezes de inferior qualidade aos que se vendem em outra loja qualquer muito mais baratos.
Enfim, é altura de se começar a por ordem nestas coisas.
Cumpr.

 

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